Como um simples seriado influenciou o futuro profissional de um garoto.
Este é o primeiro POST de uma série, onde irei contar o modo engraçado e bem diferente, de como o Marketing surgiu na minha vida e se tornou a minha paixão. Assim, vamos nos conhecendo melhor.
Tudo começou na cidade de São Paulo, no final dos anos 60 e início dos anos 70, enquanto eu, como qualquer garoto, gostava de assistir TV. E olha que naquela época, não tinha tantas opções de canais como tem hoje em dia!
Mas voltando no tempo, a programação era bem restrita na TV, com poucas opções, porém muito mágicas por tudo ser novidade, uma tecnologia inovadora, onde se podia ver e ouvir pessoas, a “vida” passando dentro de uma “caixa” com tubo e válvulas, mesmo que em preto e branco.
Como eu disse, as opções eram poucas, principalmente de seriados. Perdidos no Espaço, Jeannie é um Gênio, Agente 86, Jornada nas Estrelas, Viagem ao Fundo do Mar…..entre outros, todos muito bons e que faziam a alegria da gente.
No meu caso, dois programas me empolgavam mais que todos os outros, um de luta livre chamado Telecatch com Ted Boy Marino e o outro, um seriado, chamado “A Feiticeira!“
Mas por que estou contando tudo isso? Porque foi assistindo ao seriado “A Feiticeira” que decidi o que eu queria ser, quando crescesse.Como? Calma, vou contar, os personagens principais do seriado eram a Samantha (a feiticeira) que era casada com o James (um mortal) e publicitário. Ora, eu nunca tinha visto um publicitário antes e nem fazia ideia do que fosse publicidade…
Aprendi ao ver o James tendo ideias e criando campanhas para seu chefe, Larry, aquilo me mostrou um mundo novo que eu nunca havia visto ou imaginado e achei sensacional e pensei, também posso e quero fazer isso!
Decide então ser Publicitário! E o MARKETING?
Continue lendo que vou chegar lá! Quanto mais eu assistia ao seriado, mais eu tinha a certeza de que queria aquilo para mim. Isso ficou na minha cabeça até eu terminar o ensino médio e poder prestar o vestibular para a faculdade.
Naquele tempo, as opções de ensino universitário gratuito eram poucas, basicamente a Universidade de São Paulo (USP), e eu havia estudado a vida toda em escola pública, sabia que meus pais não teriam condições de pagar uma faculdade particular para mim.
Foi o que acabou acontecendo, prestei o vestibular para Publicidade e Propaganda na Escola de Comunicações e Artes, da USP em 1980. E adivinhe só? Não passei! A nota de corte da primeira fase foi 51 pontos e eu fiz 50, isso mesmo, por 1 ponto, não passei para a segunda fase, meu sonho tinha sido adiado!
Fiquei péssimo, achava que o mundo fosse acabar e tudo mais, até que minha irmã, viu um anúncio no jornal, falando de inscrições abertas para o vestibular de uma faculdade relativamente nova em São Paulo, muito prestigiada no mercado profissional, pouco conhecida do público em geral, inclusive eu, mas como tinha “propaganda” no nome, pensei, porque não!
Apesar de particular, por ser nova, a mensalidade não era cara, cabia no orçamento da família e então prestei o vestibular em janeiro de 1980.Consegui passar e me formei em agosto de 1985 na ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing. Bom, o curso era de 4 anos, por que fiz em 5? Porque tive de servir a pátria entre 1981 e 1982, não consegui escapar do exército! Olha eu de farda aí, era da Polícia do Exército (PE)! Tentei conciliar a faculdade e o exército, mas era impossível. Faltava mais do que conseguia ir e quando ia para a aula, acabava dormindo na sala, daí tive de trancar a minha matrícula e voltar no ano seguinte para concluir o meu curso…
Não perca a continuação desta história no próximo post!!
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